domingo, 14 de agosto de 2011

Sinais para Reconhecer a Religião Revelada# 3


O MILAGRE

Conceito de milagre

O milagre (do latim mirum = coisa maravilhosa) é um fato sensível, extraordinário, divino.

a) Fato sensível. O milagre serve na Apologética para testemunhar a intervenção divina. Por isso, é necessário que seja controlável pelos nossos sentidos. Também a coisa mais bela, se não a pudéssemos ou ver ou ouvir, ou perceber com qualquer sentido nosso, nos escaparia e não poderia nos dar nenhuma prova apologética.
São Tomás (S. Teol. III, art. 29, 1,2) distingue duas espécies de milagres: alguns escondidos, como a Transubstanciação, a Encarnação, o Parto virginal de Maria, a justificação que acontece na alma mediante a graça, etc; outros manifestos, como a ressurreição de um morto, uma tempestade acalmada, a multiplicação dos pães, etc.
Examinemos um primeiro: na Transubstanciação, isto é, na mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Jesus, e de toda a substância do vinho na substância do Sangue de Jesus, tanto antes quanto depois, aos meus olhos se mostram as aparências de pão e de vinho. Não tenho um fato sensível, isto é, que se mostre aos meus sentidos.
Examinemos um segundo: no milagre operado por Jesus em Caná da Galileia (Jo 2,1-12) de mudar água em vinho, os presentes primeiro viram e podiam degustar a água, e depois viram e degustaram o vinho.
Logicamente aqui, quando falamos de milagres, queremos dizer os milagres manifestos, que, podendo ser controlados, nos dão um testemunho acessível a qualquer um.

b) Extraordinário, ou seja, absolutamente fora ou acima do modo de agir de uma coisa criada ou criável. Em outras palavras: fora ou acima das leis gerais da natureza.

Isso não significa que Deus destrua as leis da natureza, mas, com a Sua onipotência, as domina e as submete de modo a produzir um resultado acima da natureza ou diferente da lei natural. Aquelas forças existem, mas a intervenção de Deus opera sobre a ordem geral.
Apenas impropriamente se diz que o milagre é contrário às forças da natureza no sentido de que o efeito seria diferente se não fosse intervinda uma força superior.
Podemos compreender melhor com um exemplo. Se deixo de sustentar uma pedra do alto, ela cai por força da gravidade. Assim também um avião que pare e não seja sustentado por nenhuma força cai. Se, porém, uma força superior intervém naquela da gravidade, esta força superior vence aquela inferior. Assim, se lanço ao ar uma pedra, ou um avião com velocidade até quando dure esta força de propulsão superior àquela da gravidade, quer a pedra, quer o avião estão no ar. O homem mesmo com uma outra lei superior da natureza pode dominar aquela inferior. Isto, sabe-se, não é um milagre. Ao contrário, Deus não só pode com toda a facilidade dar a estas forças uma eficácia da qual normalmente são privadas, mas pode fazer privar de seu concurso e produzir com a sua potência efeitos que tais forças não poderiam nunca atingir.
Por isso, o milagre acontece por uma força superior que domina uma lei natural inferior segundo as próprias leis da natureza.
Eis o modo em que o milagre absoluto é fora da ordem. Não se deve deduzir que seja fora de toda ordem porque é, ao contrário, a expressão de uma ordem superior, fixado por toda a eternidade, segundo o qual o Onipotente dispõe ao seu talento umas forças que criou enquanto o julga útil para o bem dos seres racionais. (Cf. GIUSEPPE FALCON: Manuale di Apologetica – Ed. Paoline, Alba 1951)

c) Divino, isto é, quando validadas todas as circunstâncias se pode atribuir somente a Deus.
Deus pode agir imediatamente por Si mesmo ou mediante os anjos ou os homens ao Seu serviço, mas do exame apurado é fácil concluir se os efeitos produzidos se devam atribuir a Deus como causa principal.
font:www.veritatis.com.br

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